Passo a passo para calcular o lucro da sua empresa

Uma coisa é fato: Quem não mede não gerencia.

Se você tem uma empresa e no fim do mês bate aquela preguiça de organizar as contas e realmente ver o quanto a sua empresa está lucrando, saiba que isso prejudica somente 1 pessoa: VOCÊ. 

A única forma de planejar os próximos passos para o seu negócio e definir metas é sabendo quais são os resultados da sua empresa hoje. Sem essa informação, tentar planejar o futuro é muito difícil. 

Porém se no fim do mês você não calcula o seu lucro porque não sabe direito como fazer isso, estamos aqui para te ajudar!

No artigo de hoje, trazemos um passo a passo que vai te ensinar a calcular o lucro da sua empresa para que você possa acompanhar melhor os resultados do seu negócio.

Antes de começar, será necessário apurar alguns valores que serão fundamentais no cálculo do lucro. São eles:

  1. Registro de todas as entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos): 

Esse registro poderá ser feito tanto via sistema quanto em uma planilha de excel básica, o importante é que os dados estejam organizados e que possam ser acessados facilmente. 

Há 2 formas de registrar esses valores: por regime de caixa ou por regime de competência. O mais correto para apuração do lucro é utilizar o regime de competência, por representar os valores independemente do ciclo financeiro da empresa. Entretanto, se você ainda não faz nenhum tipo de apuração, é possível iniciar apenas com as entradas e saídas financeiras (ou seja, na data em que o valor entrou ou saiu da conta corrente).

É importante lembrar que o registro dessas entradas e saídas deve vir acompanhado da data, descrição e forma de pagamento/recebimento de cada movimentação. Isso será essencial para que possamos identificar posteriormente a que a movimentação se refere.

Além disso, para que seja possível registrar todas as saídas é indispensável que a empresa tenha suas contas totalmente separadas das contas pessoais do empresário. Não é possível calcular o resultado da sua empresa se você estiver incluindo no fluxo os seus gastos pessoais do seu cartão de crédito, por exemplo.

  1. Análise e segmentação das vendas da empresa:

Antes de mais nada, defina o período que você irá realizar a análise. Recomendamos que você faça a apuração ao final de cada mês e ao final de cada ano, para ter as informações essenciais sobre o seu negócio.

Para que você possa entender melhor o resultado da sua empresa, é importante classificar as vendas e segmentá-las pelas linhas de produtos que você vende. Indicamos que a quantidade de linhas de produtos para segmentação seja de no máximo 6, pois além disso o resultado ficará muito fragmentado e ao invés de auxiliar na análise poderá dificultá-la.

Se você quiser realizar uma análise ainda mais completa, recomendamos que você faça diferentes segmentações, como faturamento por município, faturamento por tipo de cliente, faturamento por canal de vendas, faturamento por forma de pagamento, sazonalidade de faturamento, faturamento por funcionário, etc. Essas segmentações somente serão possíveis se você tiver um registro detalhado de vendas e faturamento, de preferência via sistema ERP.

  1. Cálculo dos gastos com impostos, descontos, taxas da máquina de cartão e outros descontos diretamente proporcionais ao valor da venda:

Os gastos diretamente proporcionais ao valor da venda são os que crescem na mesma proporção que o montante vendido. Nesse caso é importante lembrar que caso a sua empresa esteja enquadrada no Lucro Real ou Presumido, o valor dos impostos não será incluído nessa etapa do cálculo, mas sim nas despesas tributárias após o cálculo do lucro bruto. 

  1. Cálculo dos custos para a entrega dos produtos/serviços e salários das pessoas que produzem e entregam os produtos/serviços aos clientes:

Para calcular os custos, considere todos os itens que fazem parte do produto para que esteja pronto para entrega ao cliente. Então, por exemplo, se o seu produto precisa de 1 ou mais embalagens, inclua os custos com esses itens no montante. Além disso, calcule o salário e encargos trabalhistas de pessoas diretamente ligadas à produção do produto ou entrega do serviço.

  1. Calcule as despesas:

Para calcular as despesas, classifique-as em despesas administrativas (salários do administrativo, pró labores dos sócios, despesas de escritório, sistema, presentes aos funcionários, etc), despesas de vendas (gastos com Marketing, salários do setor comercial e Marketing, anúncios e publicidade, presentes aos clientes, etc.), despesas tributárias (impostos trabalhistas e que não variam de acordo com o resultado da empresa (FGTS, INSS, etc)), despesas com inovação (gastos com moldes e testes de novos produtos, salários da equipe de pesquisa e desenvolvimento, etc.).

  1. Calcule as receitas e despesas com bancos:

Aqui considere todos valores pagos a título de juros, os rendimentos de investimentos que a empresa possua, as taxas bancárias, etc.

  1. Calcule os gastos com investimentos, distribuição de lucros e infraestrutura:

Esses gastos não entram no cálculo do lucro da sua empresa, porém o registro é importante para que você consiga acompanhar os investimentos que estão sendo feitos diretamente na operação.

Depois de calcular os itens que especificamos acima, o cálculo do lucro será uma tarefa muito mais simples. Para calculá-lo, siga os passos abaixo:

  1.  Calcule a receita líquida:

Vendas totais (-)  menos deduções (impostos, descontos, taxas de cartão, etc diretamente proporcionais à vendas)

  1. Calcule o lucro bruto

Receita líquida (-) custos. 

Nessa parte é interessante segmentar o lucro bruto por linha de produtos, para ver os produtos com maior margem de contribuição (lucro bruto de cada linha de produto) e os com menor margem de contribuição. Essa classificação (que já indicamos que fosse feita com as vendas totais) ajuda na análise dos produtos que possuem resultados melhores e também pode servir de base para tomada de decisão.

Para os produtos com maior margem de contribuição você pode dar um destaque, para vender mais e, consequentemente, lucrar mais. Para os produtos com menor margem de contribuição você poderá decidir se mantém no seu portfólio ou se retira, para elevar sua margem de lucro e focar o trabalho do seu time nos produtos de maior margem de lucro.

  1. Calcule o lucro líquido: 

Lucro bruto (-) despesas administrativas, com vendas, tributárias, com inovação e financeiras.

Após a incidência de impostos, será possível verificar qual é realmente o resultado do seu negócio e é a partir dele que você poderá efetuar a distribuição de lucros. Ao distribuir os lucros, não esqueça que uma parte deve retornar à empresa na forma de investimentos. Esses investimentos (que pode ser em uma nova máquina que poderá melhorar o seu processo de produção ou um novo computador que te permitirá trabalhar melhor) devem ter como objetivo o crescimento e desenvolvimento da empresa. 

Como bônus, recomendamos que você compare a diferença do seu lucro líquido menos os investimentos em relação à diferença de entradas e saídas em caixa no período. Caso você tenha apurado o lucro pelo regime de caixa, os valores necessitam ser exatamente iguais (caso contrário, há algum problema nos cálculos, no seu registro de entradas e saídas ou quebra de caixa). Caso você tenha apurado pelo regime de competência, analise as possíveis divergências entre os dois valores para entender os motivos. Em muitos casos, a causa disso é um prazo maior dado a algum cliente, o recebimento adiantado de algum pedido ou pagamento adiantado de algum fornecedor.

Pronto, agora você já sabe calcular o lucro da sua empresa e com isso poderá acompanhar melhor o resultado do seu negócio!

Mas e se a gente te dissesse que para ter um controle melhor da sua empresa o melhor é analisar a margem de lucro? Você saberia calcular? 

Se você não sabe calcular a margem de lucro, vamos te mostrar 3 margens que são essenciais para análise do seu negócio: margem de receita líquida, margem de lucro bruto e margem de lucro líquido. 

Anote como calculá-las:

  1. margem de receita líquida = receita líquida/receita bruta
  2. margem de lucro bruto =lucro bruto/receita bruta
  3. margem de lucro líquido = lucro líquido/receita bruta

Em termos brutos, quando o seu faturamento aumenta é normal que algumas despesas aumentem também. Portanto, para que você possa analisar de maneira mais efetiva os dados da sua empresa ao invés de olhar somente para o lucro líquido, o melhor é que você possa analisar a margem do lucro líquido também, por exemplo. 

 A análise das margens te ajudará a entender o que te permite lucrar mais e o que está prejudicando o seu resultado. Se há uma despesa grande de aluguel, por exemplo, que diminui muito a sua margem, pode ser um indício para que você pense em renegociar o aluguel ou procurar um novo ponto que te permita gastar menos sem ter tanto impacto no faturamento. 

O cálculo do resultado do negócio de forma recorrente é extremamente importante para ter o diagnóstico sobre a situação da empresa. Repita esse processo todos os meses e ao fim do ano, você terá o resultado acumulado que te permitirá utilizar essas informações como base para tomada de decisões. 

No momento de analisar comparando mês a mês, se atente às diferenças de margens de receita líquida, margens de lucro bruto e margens de lucro líquido entre os meses. Quando houver uma diferença muito grande de um mês para o outro, busque qual rubrica causou essa diferença e defina uma ação para melhorar o resultado nos próximos meses. 

Lembrete: Reforçamos que o cálculo do lucro e análise das margens só é possível se você mantém as contas da empresa separadas das suas contas pessoais. Se não há essa divisão, é impossível saber qual o resultado efetivo do seu negócio.  

Esperamos ter ajudado você a aprender como se calcula o lucro da sua empresa. 

Não esqueça, quem não mede não gerencia! 

Caso você precise de ajuda para apurar o lucro da sua empresa, fale com a gente. Temos um módulo financeiro específico para pequenas empresas, ideal para o seu negócio.

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