Esqueça o plano de negócios tradicional
Quando a ideia de abrir uma nova empresa passa pela cabeça de alguém, logo vários pensamentos vem à tona: burocracia, plano de negócios tradicional, estudo de mercado, estudo de viabilidade… Ufa! Respira!
Todos esses questionamentos para responder à cruel pergunta: Vale a pena investir? Spoiler: na prática, isso não existe. Esqueça o plano de negócios tradicional, ele dará mais nós na sua cabeça. O plano de negócios serve para empresas que já existem, que já possuem uma operação em funcionamento e que buscam expandi-la.
Porém, quando estamos falando sobre um empreendedor, que tem um sonho e que está estruturando o seu negócio, uma frase se destaca: “Nenhum plano de negócios sobrevive ao primeiro contato com o cliente” (Steve Blank)
Abaixo, montamos a trajetória inicial do sonho sobre empreendedorismo. Ela acontece, mais ou menos, nessa linha de raciocínio:
- Insatisfação com a situação atual: “Quero sair do meu emprego e abrir meu próprio negócio”
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- Insights sobre a mudança de vida: Nova ideia de negócio, mas sem estrutura e organização para iniciar.
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- Inseguranças sobre o empreendedorismo: Medo de sair do emprego e ideia não dar certo; Planejamento extremamente complexo para iniciar um pequeno novo negócio; Necessidade de grandes investimentos.
Quando o empreendedor se joga num plano de negócios tradicional e complexo, a trajetória desse sonho inicial se torna mais exaustiva, pois há um risco de a ideia não dar certo, ainda que o plano esteja completo. E esse alto risco pode gerar ansiedade e pressão nos sócios.
Por isso, o ideal é que o negócio seja enxuto e com o “pé no chão”, desmembrando esse plano complexo, em planos menores e mais viáveis, e avaliando os pequenos progressos, para chegar em uma previsão de longo prazo. Para isso, separamos algumas dicas descomplicadas para você, empreendedor, que quer iniciar o seu negócio:
- Comece devagar, e dê pequenos passos de cada vez: inicie o seu negócio em partes, para que você não sinta impactos negativos desnecessários logo de início, fazendo com que a sua motivação caia e você desista do negócio.
- Esteja próximo do seu cliente: Adapte, no dia a dia, sua ideia inicial para o que o cliente precisa da sua ajuda. Foque na solução do problema do cliente, e não diretamente na sua ideia e na sua oferta para esse cliente.
- Controle o seu planejamento: Se for necessário, mude. Se não der mais, pare. Se houver espaço para crescer, aproveite. Se surgir um problema, resolva.
- Controle a ansiedade: Não abandone seu emprego no início. Inicie como um projeto paralelo e foque em vender.
- Equipe qualificada: Traga boas pessoas para lhe ajudar, a medida em que o seu negócio está crescendo. Busque parceiros que estejam do seu lado desde o início e que sejam flexíveis ao seu estágio inicial de negócio.
- Próximos passos: Quando você estiver muito sobrecarregado, aí sim, analise a transição e investimento de 100% do seu tempo e recursos no novo negócio.
- Dobre a sua aposta, quando for o momento certo: À medida que os clientes comprarem mais do seu produto/serviço, dobre as apostas e comece a aportar mais recursos no negócio, investindo na marca, equipamentos, ferramentas.
- Pé no chão: Esqueça a ideia de que vai ser fácil. Sua ideia ainda não vale nada no mercado. O que importa é a qualidade da execução.
- Siga humilde: Não espere ficar rico no curto prazo. Planeje-se para ficar, no mínimo, 2 anos vivendo com o mínimo necessário do ponto de vista pessoal.
- Comece pequeno, sonhe grande e trabalhe duro. Vai ser duro e muito difícil, mas valerá a pena!
Afinal de contas, quais são os resultados esperados com esse empreendedorismo baseado no modelo startup enxuta?
- Riscos muito menores de erro e falha do novo negócio;
- Negócio mais adequado às necessidades do cliente (e maior espaço para diferenciação e lucratividade);
- Ritmo mais lento até o sucesso, entretanto, é um crescimento muito mais sólido a longo prazo.
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