Cadê o dinheiro que estava aqui?!

A sua empresa dá lucro, mas não sobra dinheiro no caixa? Como é possível isso acontecer? Esse é um problema comum em diversas empresas, mas porque será que isso acontece? Vamos te explicar!

Antes de mais nada, é importante pensarmos: no que esse problema impacta dentro da empresa? O problema é que o produto/serviço que você oferece dá lucro, mas não há dinheiro no seu caixa, fazendo com que você não gaste o tal dinheiro do lucro. Você sabe que ele existe (lucro), mas não pode investi-lo ou resgatá-lo, caso não queira prejudicar ainda mais o seu negócio.

Para entendermos o porquê de haver lucro, mas nunca haver dinheiro disponível em caixa, precisamos revisar e analisar os seguintes pontos:

  1. Margem de Contribuição vs. Lucro Líquido: é necessário avaliar se está sendo feita a apuração do lucro de maneira correta. Em alguns casos, empresários se atentam somente à margem de contribuição, a qual não considera as despesas fixas (administrativas, aluguel, contabilidade, marketing, propaganda, veículo, etc.), avaliando apenas o desempenho do produto/serviço, isoladamente (custos e receitas dele). Esse é um movimento errado! Pois, se avaliarmos apenas o desempenho do produto/serviço, sem considerar as demais despesas da empresa, é muito provável que o resultado seja positivo, mas ele é ilusório, quando queremos avaliar o desempenho da empresa como um todo. Por isso, nos casos de apuração do lucro, é importante atentar-se ao resultado obtido no lucro líquido, pois este avalia o desempenho do seu negócio, levando em consideração os gastos com despesas fixas e financeiras.
  2. Regime de Caixa vs. Competência: no regime de caixa, as apurações são feitas nas datas em que os pagamentos/recebimentos foram realizados, e no regime de competência, considera-se o que vem descrito nas notas fiscais emitidas, ou seja, a data em que a compra ou venda foi realizada, e não o dia do pagamento/recebimento. Fácil de haver confusão, não é mesmo? Com certeza! E no que essa confusão impacta no seu negócio? Acontece que, se você realiza uma venda, cujo pagamento será realizado em uma data posterior à data da venda, significa que deu lucro, mas não esse dinheiro não deu entrada no caixa da empresa ainda. 
  3. Contas Pessoais vs. Contas Empresariais: este é um problema que acontece muito em meio aos empresários. Muitas vezes, os “dinheiros” acabam se misturando, e isto faz com que haja uma confusão gigantesca, porque não se sabe ao certo quanto tem de dinheiro no caixa da empresa e, muito menos, quais as despesas da empresa. A situação, assim, vira uma bola de neve. Portanto, é necessário que haja um planejamento coerente. O empresário deve ter um salário fixo mensal, e este sim poderá ser utilizado para pagar contas pessoais, e o restante do dinheiro deve permanecer no caixa da empresa, para que seja possível arcar com custos e despesas do seu negócio.
  4. Ciclo financeiro: se o prazo de pagamento for menor que o de recebimento, significa que há muito dinheiro na rua, e a empresa não está “vendo” o dinheiro entrar. Mas, como assim? Dinheiro na rua não é sinônimo de prejuízo? Não necessariamente! Significa que você está vendendo seus produtos e pode, inclusive, estar encontrando lucro nessas vendas, porém o prazo de recebimento desses valores é maior do que os prazos de pagamentos referente a essas vendas. Assim, a única forma de continuar nesse modelo é separar um valor para capital de giro, de forma que você financia seu ciclo financeiro até receber o pagamento de todos os clientes.

Mas, afinal, como se resolve esse problema de “sumiço” do dinheiro? Podemos destacar duas ações principais:

a) crie um plano de contas e classifique todas as entradas e saídas da empresa, e analise esse planejamento, com o objetivo de ver se há assertividade no desempenho dele, verificando como está indo o negócio, no quê está havendo muito investimento e pouco retorno e vice-versa;

b) aumente os prazos de pagamento dos fornecedores e reduza os prazos de recebimentos de clientes, para reduzir o seu ciclo financeiro e, consequentemente, reduzir sua necessidade de capital de giro;

c) apure mensalmente o lucro da empresa e acompanhe o fluxo de caixa, justamente para não haver esse susto sobre ter lucro, mas não ter dinheiro em caixa. Por isso é importante verificar se há divergências, principalmente no longo prazo, pois neste período, a apuração de lucro e o fluxo de caixa devem convergir. Caso contrário, há um furo na apuração, ou até mesmo desvio de dinheiro. É normal, no curto prazo, que a apuração mensal e que o fluxo de caixa tenham algumas divergências, devido ao regime de competência vs. regime de caixa, que explicamos acima, mas, no longo prazo, elas não podem existir.

Os benefícios que essas soluções podem trazer são um verdadeiro remédio para a dor de cabeça de diversos empresários:

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